terça-feira, outubro 01, 2002

Rush


Vapor Trails




O trio canadense voltou a impressionar, mostrando o bom e velho padrão-Rush-de-qualidade.


Depois de uma espera interminável, o novo CD do Rush, "Vapor Trails", finalmente chegou às lojas. Entre o lançamento dele e do álbum anterior, "Test For Echo", passaram-se cinco anos. Neste período, Geddy Lee e Alex Lifeson continuaram trabalhando e lançando bons projetos paralelos, enquanto Neil Peart andou enfrentando momentos difíceis, como a perda da esposa e filha.
O Rush é uma banda bem metódica. Habitualmente, o trio lança quatro discos de estúdio, um ao vivo, muda um pouco o estilo de som, lança mais quatro de estúdio e assim vai... Esta fórmula sempre funcionou bem. Existem fãs para a fase mais rocker, para a fase mais progressiva e para a fase mais pop. Independente disso, a coisa que mais impressiona é o resultado do material, que sempre segue um "padrão-Rush-de-qualidade".
O novo álbum segue este padrão e já começa diferente. "One Little Victory" é pesadíssima! Neil Peart desce a mão como nunca e a guitarra de Lifeson beira a sonoridade heavy metal. É um daqueles sons que funciona como um autêntico "pé-na-porta", provando que a banda ainda está com todo vapor. "Peaceable Kingdom" também tem uma presença bem marcante de guitarra. Aliás, você lembra daquela época em que muita gente dizia que a guitarra do Rush aparecia pouco? (isso sempre era motivo pra brigas). Pois bem. Se depender deste CD, aquele tempo ficou para trás definitivamente. Em "Ceiling Unlimited", é a vez de Lee dar um show à parte. A música é toda baseada na linha de baixo e sua voz está ótima. Já "Vapor Trails" é espetacular. Nela, foram incorporados todos os elementos apreciados pelos fãs. Sem dúvida, é um dos melhores momentos do CD e promete detonar na versão ao vivo (ô Medina, quanto tempo ainda vai demorar para você trazer o Rush, hein?). Além disso, vale citar "The Stars Look Down", "Freeze (Part IV of Fear)", "Out of the Cradle", "Nocturne" e "Ghost Rider", uma espécie de marca registrada do Rush.
Ao que parece, "Vapor Trails" vai abrir uma nova fase na carreira do Rush. O álbum tem bem menos teclado que os anteriores, mas em compensação a guitarra está muito mais atuante. Ainda bem que os velhinhos estão por aí, mostrando muita afinação com o rock contemporâneo.
Bem-vindo ao lar, Rush (de novo).

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