segunda-feira, março 21, 2005

Capitão de indústria

Estava passando por aqui, meio sem querer, como por todos os lugares que tenho ido, observando um pouco de tudo, meio sem poder, meio sem notar, como todas as coisas que tenho feito.
Vaculho coisas sem sentido que não precisem de explicação, que não tenham repercursão, que não tenham consequências, mesmo que não mudem, mesmo sem sequência, penso na ingenuidade esquecida, nas coisas simples, sem mácula, sem nada, sem nada. O sofrimento não é nada, não acho lugar para parar, descansar, sofrer e chorar em paz. Não há nada, as vezes acho que não há ninguém para ouvir, ou que se importe, agora que a novela acabou, o bb está para acabar, quem sabe sobre um tempo para você me notar.

Elio
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Eu às vezes fico a pensar
Em outra vida ou lugar
Estou cansado demais

Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
É quando eu me encontro perdido
Nas coisas que eu criei
E eu não sei
Eu não vejo além da fumaça
O amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas

Eu acordo p'rá trabalhar
Eu durmo p'rá trabalhar
Eu corro p'rá trabalhar

Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
Eu não vejo além da fumaça que
Passa
E polui o ar
Eu nada sei
Eu não vejo além disso tudo
O amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas
by Paralamas do Sucesso

quarta-feira, março 09, 2005

A lei da vida



É a lei da vida, o que plantamos colhemos, praticamente o mesmo que plantamos.

As vezes, é certo, muda-se o tamanho, côr, lugar, calor, jeito, timbre, os adôrnos, mas nascerá certamente o que se plantou. A forma é outra mas a essência se mantém e se repete.

Torcemos para ser diferente e é, por um tempo, juro, gostaria de não constatar isso, mas… e o que fazer então !? fechar-se para a vida ? para o que ela nos apresenta ? para novas descobertas? enfim, é a lei da vida, vivemos e precisamos aprender.

Sozinho no cantinho da minha sala, fico a espera de um novo desfecho mas bem sei que se a história se repete, como a semente fecunda uma nova flôr mas a mesma flôr da semente plantada, assim muito certo será. Ah ! e se a história é assim, se nascer a mesma flôr, sei exatamente por qual cirurgia passar, as dores da recuperação, o período de convalescência e o remédio a tomar. Normalmente receitam o mesmo remédio, o tempo meu filho, o tempo.

São cicatrizes sobre o mesmo corte, a dor é no mesmo lugar, sinto as mesmas coisas, sofro de dores no peito, esse coração não tem jeito.

Elio

quinta-feira, março 03, 2005

As gavetas da vida

Lembrei hoje de quando comecei com o meu blog, estava inseguro e nem sabia direito qual era o caminho, aos poucos fui encontrando tantos amigos que hoje deu vontade de registrar um abraço forte a todos os amigos e amigas. Vocês não tem idéia da força que tantas vezes recebi de vocês. Muito obrigado de verdade.

Nossa parece uma despedida mas não é isso não, é pura gratidão.

Vasculhei minhas gavetas a procura do presente e do passado e só o que eu encontrei foram páginas rasgadas e viradas. O passado vai saindo de cena, como é difícil dar lugar ao futuro.